Café da manhã mais caro em Belém é reflexo de reajuste em ingredientes, relatam vendedores

Pesquisa aponta que café e leite apresentam altas expressivas, vendedores tentam manter o lucro

Maycon Marte
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Dados do último Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última terça-feira (10), apontam uma alta de quase 4% no preço do café e 3% no leite na variação mensal. Ambos são ingredientes básicos do café da manhã, por isso, os últimos reajustes já afetam os rendimentos de quem atua no segmento de alimentação. Vendedores locais relatam que o comportamento de vários ingredientes seguiu o movimento de alta e que não conseguiram segurar os preços cobrados ao consumidor.

O cozinheiro Rodrigo Glessio, que trabalha em um quiosque especializado em café da manhã de Belém, conta que o café puro custava em torno de R$ 3, enquanto o café com leite por R$ 4,50. Mas, após os reajustes, foi necessário rear o acréscimo para manter uma margem de lucro saudável. Agora, o mesmo café puro custa R$ 5 e a opção com leite R$ 6, além das demais opções do cardápio que acabam sofrendo com o mesmo processo, seja direta ou indiretamente.

“O café aumentou muito ultimamente, você comprava um café por cerca de R$ 6, no máximo R$ 7, hoje em dia você chega a comprar um café de R$ 20… Já o leite está estou comprando, o líquido, para você ter uma ideia, a cerca de R$ 9. E o em pó está mais barato, saindo R$ 8,70, mas não tem muita diferença, questão de centavos”, explica Glessio.

Conforme o IPCA, o reajuste de preço do café alcança aproximadamente 76%, quando comparado o período de 12 meses. Esse movimento é seguido em outros ingredientes como o leite em pó (13,49%), pão francês (4,56%) e manteiga (2,61%).

Para a cozinheira Mirley de Paula, que também trabalha com café da manhã, além do café e do leite com os aumentos mais expressivos, o preço do coco também prejudicou a produção. A previsão dos vendedores de coco da capital era de preços maiores a medida que o verão se intensifica, com uma previsão de ultraar os R$ 10 na modalidade em natura, conforme apurou a reportagem de O Liberal no último mês.

“O quilo do coco está R$ 40 agora, eu não me recordo muito, mas não era tão caro. Acredito que variava de uns R$ 10, porque ela (a proprietária) comprava e vinha bastante. Agora, se comprar R$ 10 reais, vem só um pouquinho”, observa a cozinheira.

Ambos relatam que buscam segurar os preços o quanto podem, mas que fica inviável cobrar abaixo do reajuste, porque isso significa menos lucro. Eles afirmam que, na maioria das vezes, os clientes são surpreendidos com os novos valores assim como eles. Mas, sempre que conseguem, antecipam o anúncio das mudanças.

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Confiras as principais variações 

Variação mensal (maio em comparação a abril)

  • Leite longa vida: 1,92%  
  • Leite em pó: 3,06%  
  • Café: 3,93%  
  • Pão francês: -0,76%  
  • Manteiga: -0,74%

 

Acumulado do ano (janeiro a maio 2025)

  • Leite longa vida: 0,22%  
  • Leite em pó: 4,71%  
  • Café: 42,68%  
  • Pão francês: 3,47%  
  • Manteiga: 1,64%

 

Variação em 12 meses (maio de 2025/maio de 2024)  

  • Leite longa vida: 4,55%  
  • Leite em pó: 13,49%  
  • Café: 76,05%  
  • Pão francês: 4,56%  
  • Manteiga: 2,61%
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