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Carne suína conquista espaço no prato do belenense e vira aposta de restaurantes

Consumo da proteína cresce em Belém com mais opções, preços íveis e versatilidade na cozinha

Jéssica Nascimento
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Nos últimos dez anos, o consumo de carne suína no Brasil aumentou 35%, segundo levantamento da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Em Belém, a tendência se reflete diretamente na mesa dos consumidores e no cardápio dos restaurantes. Empresários e frequentadores relatam uma procura crescente pela proteína, impulsionada pelo preço mais em conta, variedade de preparo e sabor.

Crescimento da demanda no dia a dia

Leandro Marques, empresário e dono de um restaurante especializado em carne suína no bairro da Pedreira, confirma a expansão. 

“Notei um aumento na procura por carne suína em Belém. Principalmente nos dias de semana, quando as pessoas estão fora de casa e procuram uma refeição mais barata. Acredito que a procura tenha aumentado em média 20%”, afirma.

Versatilidade amplia possibilidades no cardápio

A versatilidade da carne também tem ajudado a derrubar preconceitos. Tradicionalmente associada a assados de a ou churrasco, a proteína agora aparece em receitas mais criativas e íveis. 

“Hoje temos costelinha ao barbecue, porco à arinho, porco de a com macaxeira… São muitos modos de preparo que facilitaram o dia a dia e deixaram o prato mais interessante”, explica Leandro.

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Para ele, ainda há espaço para crescer. “A carne suína ainda não é muito atrelada à alta gastronomia aqui no Pará, mas tem potencial. Eu mesmo tenho 12 pratos prontos para entrar no cardápio e mais seis variações de torresmo que ainda não lancei”, revelou.

Estabilidade de preço atrai empresários

A estabilidade de preço também é um fator decisivo para empresários do setor. 

“A carne suína é mais barata e sofre menos variação que a bovina e o frango. Apesar de um aumento recente de 22%, motivado pela alta na ração e nos custos de transporte - já que a carne vem do Paraná, por falta de matadouros suínos no estado -, ela ainda é mais ível”, explica Leandro.

Além disso, o empresário destaca que a oferta local da proteína melhorou nos últimos anos, com mais opções de cortes disponíveis no mercado de Belém.

Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de abril de 2025, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a carne de porco ficou 19,42% mais cara em Belém nos últimos 12 meses. Esse número representa uma variação menor que a do Brasil, visto que o produto encareceu 20,07% no país.

Do início do ano até abril, ainda conforme o IPCA, a carne de porco teve uma alta acumulada de 3,96% na capital paraense. No Brasil, contudo, o produto seguiu uma direção contrária - ficou 1,49% mais barato. 

Segundo dados do Dieese/Pa (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará), o preço médio do quilo do pernil suíno nos supermercados da região metropolitana de Belém ficou 5,91% mais caro no último mês. Em maio, custou R$ 23,29 enquanto que em abril custava R$ 21,99.

Preferência do consumidor cresce com sabor e economia

Essa percepção também é confirmada pelos consumidores. O motorista Milton Menezes é um entusiasta da proteína. 

“Costumo comer carne suína pelo menos três vezes por semana. Acho mais gostosa que as outras carnes. E o preço tá muito bom, mais barato que carne bovina”, disse o consumidor.

Milton também observa uma mudança nos cardápios da capital paraense. “Hoje em dia é mais fácil encontrar restaurante com carne suína. Antigamente era difícil. Agora tem até casas especializadas”, destacou. 

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